segunda-feira, 8 de junho de 2009

Era a mesma época do ano em que Ela sentia todo aquele horror à monotonia diária. Mas, um ano depois, podia mesmo dizer que sua vida estava diferente. Ela não sentia as entranhas revirarem-se todos os dias, Ela não olhava para o lado de manhã pensando "o que eu ainda to fazendo aqui?". Tudo tinha mudado. Meu deus quantas vezes sentiu saudade daquela rotina doce durante esse ano todo, doce pq não tinha sal, mas talvez nem doce fosse mais, há tempos, só Ela não percebia, iludida com a saudade. Saudade dói, mas a rotina lhe doía mais. E hoje podia olhar para si e não sentir enjoos, aquela incompatibilidade entre Eles lhe amargurava de uma forma que a fazia não mais SE suportar.
Tudo isso tinha passado, uma nova vida começava, mas Ela sabia que só começaria se fosse capaz de fechar a vida que tinha atrás de si.
Realizada. Incompleta de uma forma totalmente positiva, feliz de tão desencontrada, de tão perdida, realizada. Era isso que a completava, era a busca diária por algo diferente, por novidades, por paixões de um dia, uma noite. E depois de tudo, se sentisse aquela saudade, sabia que tinha um bom livro, uma boa música, uma boa comida e bons amigos. E o que mais nos dá prazer não é mesmo as alegriazinhas do dia a dia?
E o sonho maior, aquele que a cada dia se tornava mais colorido para Ela, esse sim, movia o mundinho egoísta em que Ela vivia. O mundinho que, por sinal, ela amava.

2 comentários:

Melissa disse...

entendi. :)

:********

Melissa disse...

x)


pior que já te contei essa história, mesmo! na frente do IL, si te acuerdas.


nem precisamos nos ver, mas é melhor ainda se ver! aí se se entende mais ainda :}

beijinhinho.